Esses dias estava navegando pela internet e descobri uma fobia que nunca tinha ouvido falar: Gatesfobia, o medo de ficar rico.
O nome é em homenagem a Bill Gates, dono da Microsoft, que está sempre entre os primeiros da lista dos mais ricos do mundo.
As pessoas com essa fobia têm aversão ou medo irracional de ficarem ricas. Ficam completamente apavoradas quando começam a imaginar a mudança de vida que a riqueza pode lhes proporcionar. Elas apresentam batimentos cardíacos acelerados, sentem tonturas, mal estar, ânsia de vômito, ficam ansiosas, podendo chegar, até, à síndrome do pânico. É uma doença mental e, como tal, deve ser tratada com um psiquiatra.
Você pode não ter essa doença (se tiver, precisa procurar ajuda), mas, assim como a maioria das pessoas, pode ter uma aversão à riqueza, muitas vezes inconsciente.
De acordo com o presidente do Instituto Coaching Financeiro (ICF), Roberto Navarro, o medo do dinheiro “é o quarto maior medo do ser humano, só perdendo para o medo de falar em público, da morte e de avião, nessa ordem.”
Mas porque as pessoas têm aversão à riqueza?
Desde que o mundo é mundo, a riqueza sempre foi associada a algo ruim, do mal. Se você é rico, é explorador, é o vilão da história. Se você é pobre, é um coitado, explorado, pessoa do bem, vítima. As religiões diziam que os ricos são do diabo e não tinham espaço no céu. “Se quiser ir para o paraíso, abra mão da riqueza e continue pobre”. Só esqueceram de aplicar esse mandamento a si próprias. Pois as religiões, em sua maioria, são instituições riquíssimas. E até o surgimento dos bancos se deu dentro da igreja, lá no século XII, com a Ordem dos Templários.
A alta sociedade, também, condenava – e ainda condena – a riqueza (para os outros, né?), pois assim conseguiam manter o controle das pessoas, por meio da escravidão, seja ela remunerada ou não. Afinal, riqueza traz, acima de tudo, independência e a alta sociedade nunca quis isso, para quem não faz parte dela. Não é à toa que o consumismo seja tão estimulado, e que os bancos passem a impressão de que pegar empréstimos e se endividar sejam coisas corriqueiras nas vidas das pessoas.
Além disso, muita gente acredita que rico é rico e pobre é pobre. “Se você nasceu rico, continuará rico. Se nasceu pobre, aceite isso, pois continuará pobre”. Isso não é verdade em nenhum dos dois casos. Há inúmeros “ricos” que devem mais do que o patrimônio que têm e muitos “pobres” que não têm dívidas e conseguem investir mês a mês. Quem são os verdadeiros ricos nessa história?
Enfim, por esses e outros motivos, que já vêm enraizados na nossa cultura, a aversão à riqueza está presente no nosso DNA, perpetuada e difundida desde que o homem é homem.
Quer testar o quanto isso é verdade? Quantas vezes você falou na maior naturalidade com as pessoas ou até com você mesmo: “Eu quero ser rico! Eu vou ficar rico!”? Geralmente se tem vergonha de afirmar isso. Sente um desconforto, como se fosse algo proibido. Ou então quando um amigo fala: “Você tá é rico hein?!” e você: “Que nada, tô é quebrado”. Como se um estivesse fazendo acusação de um crime e outro se defendendo. Da próxima vez, responda: “Estou me esforçando para isso”.
Até o nome do blog já me sugeriram mudar: “muda o nome desse site, Seja Rico? Pra que isso? Deus castiga.”
QUER FICAR RICO? COMECE MUDANDO A SUA MENTALIDADE
Todo esse estigma negativo criado em volta do dinheiro, acaba, inconsciente ou conscientemente, gerando um ambiente de auto sabotagem na busca pela formação do patrimônio e, consequentemente, na conquista da independência financeira.
Aquele dinheiro que sobra no final do mês, que você poderia investir, mas prefere comprar uma “coisinha”. Aquele curso que você poderia ter feito, para desenvolver novas habilidades, mas preferiu trocar o celular. E, ainda, tem muita gente que não quer nem ouvi falar em finanças pessoais e investimentos, pois só cogitar em aprender algo assim, já pode se transformar em uma pessoa do mal.
Em suma, são inúmeros os exemplos de auto sabotagem que você começará a perceber.
É claro que o dinheiro pode ser uma “arma”, quando mal usado. Assim como a internet, que trouxe incontáveis benefícios e, também, inúmeros malefícios, ou o urânio, que pode ser usado para bomba atômica ou para usina nuclear.
Mas o problema não está na “matéria-prima” e sim em QUEM faz uso dela.
Você pode ter “fome” por dinheiro, com sua ganância, e não medir esforços para consegui-lo, explorando e passando por cima de quem for. Ou pode conquistá-lo de maneira honesta, fruto do seu trabalho e esforço, com o objetivo de proporcionar uma vida melhor para você e aqueles que você ama. E, ainda, pode fazer caridade, dando o seu pedacinho de contribuição na melhora de vida daqueles menos favorecidos.
Riqueza tem mais a ver com qualidade de vida do que com quantidade de dinheiro
Ser rico é ter a liberdade de escolher o que fazer e, principalmente, o que não fazer. É não precisar se sujeitar à exploração do patrão. É não ser dependente e escravo de empréstimos e financiamentos dos bancos. É poder dormir sem se preocupar com as contas e acordar para fazer o que gosta e o que lhe traz valor. (Não deixe de ler: “Será que você já é rico?”)
E você só vai conseguir isso se mudar a sua mentalidade de que dinheiro traz coisas ruins ou que você não o merece.
Claro que você merece! Faça por merecer!
Como você já sabe, são inúmeras as coisas boas que a riqueza pode lhe trazer. E se não trouxer, a culpa não será do dinheiro, e sim do uso que você fez dele ou do que fez para consegui-lo.
Trabalhe com afinco e honestidade, desenvolva mais de uma fonte de renda, gaste menos do que você ganha e invista com regularidade e paciência. Desse jeito a sua independência financeira virá. E o principal: Não tenha vergonha disso. Tenha orgulho de estar em busca da sua liberdade.
Portanto, não tenha medo da riqueza. Mude a sua mentalidade, poupe, invista e sejaricovctb!
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Olá,
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Fala Leandro!
Primeira vez que vejo esse nome “Gatesfobia” pra esse medo tão comum que é do enriquecimento. É uma dualidade interessante: as pessoas querem o dinheiro mas não querem ser ricos, pra não se juntarem à “corja” que os ricos são. Adivinha então quem nunca vai se tornar próspero?
Não limito minhas palavras e crenças sobre a minha ambição de ganhar dinheiro, mas também gosto de atrelar um valor paralelo a ele para dar sentido à minha vida: liberdade. Você enxerga de outra forma o valor do dinheiro?
Abraços e seguimos em frente!
Pinguim Investidor
https://pinguiminvestidor.com
De jeito nenhum, enxergo da mesma maneira que você.
O dinheiro por si só não é nada.
O importante é a liberdade e a qualidade de vida que ele pode nos proporcionar.
Para isso que ele serve!